Alguém aí gosta de inhame?
Eu gosto! Na verdade, eu amo!
Já dizia Lulu Santos que "todo mundo espera alguma coisa de sábado à noite. Bem no fundo todo mundo quer zoar."
Eu como não sou diferente de ninguém, já tinha combinado de sair, apesar de estar lisa e dura.
Sábado tinha esfriado muito e minha mãe aproveitando, o frio, juntamente com minha vontade esquisita de cozinhar que tem me dado nesses últimos tempos (fiz dois bolos no sábado), juntamente com os inhames que meu pai tinha colhido no quintal, pediu para eu fazer uma sopa antes de sair.
Eu nunca fiz sopa de inhame na vida. Já comi várias, mas fazer que é bom, nada.
Mas, aproveitei meus dias de esquisitice, arregacei as mangas e lá fui eu, descascar os inhames.
Começo a descascar um, depois dois e minha mão começa a pinicar.
Paro um pouquinho, lavo a mão, começo a descascar novamente e minha mão insiste em pinicar.
Uma pinicada aqui, outra ali e já começa a me incomodar um pouco.
Eu pergunto pra minha mãe, que é bem mais experiente que eu em descascar inhame:
- Mãe, é normal inhame dar coceira?
Minha mãe, responde que sim, um pouco, então eu penso: Se é normal, ok! E me volto a descascar.
Só que dessa vez, mais rápido pra ver se acabo logo àquela tarefa um tanto... Pinicante!
Vou aumentando a velocidade gradativamente de acordo com a intensidade gradativa com que as pinicadas aumentam. E descasco três, quatro, cinco e de repente não consigo mais me concentrar na tarefa de tanto que pinica. Uma coceira incontrolável que além de me tirar do sério já me faz começar a chorar ao mesmo tempo em que começo esfregar as mãos umas contras as outras de uma forma totalmente irracional.
É quando meu pai corre em minha direção (meu pai, porque minha mãe tinha saído e me deixado sozinha com a perigosa tarefa de cozinhar) e meu pai observa que minhas mãos tinham dobrado de volume além de estarem totalmente púrpura!
Meu pai pensou rápido:
- Denise, some pra Santa Casa!
E eu, chorando (berrando na verdade), me coçando, ainda tento ligar pra avisar minha amiga que meu sábado inhamou, esta não atende e eu já totalmente descontrolada, pego minha bolsa, pulo na minha bike cecizinha, querida amiga de todas as horas e corro pra Santa Casa.
Chegando lá pergunto pro moço da recepção se tinha médico.
O dito cujo, totalmente desnaturado me responde que tinha mais ele estava atendendo uma emergência. É lógico que a coceira não me deixava pensar como é que podia ter uma emergência mais emergente do que a minha própria coceira. Então eu comecei a chorar compulsivamente e falar pro rapaz peloamordedeus me chama o médico que eu vou morrer!
O infeliz calmamente me pergunta do que eu ia morrer e eu gritamente respondo:
- DE ALERGIA A INHAME!
O infeliz fez menção de que ia começar a rir então eu muito rapidamente mostrei minhas mãos pra ele.
Nesse momento, ele arregalou os olhos pro tamanho da minha mão e começou a bater minha ficha, nem pediu meu documento (ainda bem, porque na confusão eu tinha esquecido) e já me mandou pra enfermaria.
O problema é que mesmo com a prontidão e a compaixão do atendente pela minha alergia, ele não podia mudar o fato de que só tinha um médico.
Então, continuei lá na enfermaria, chorando e esfregando minhas mãos freneticamente e...chorando!
Do nada, a coceira foi aliviando, a mão desinchou um pouco, dando lugar apenas a uns vermelhões e umas pinicadas aleatórias. Enfim...o médico desceu, perguntou o que tinha acontecido, eu mostrei minhas mãos, ele viu, olhou meus olhos inchados e me receitou um remédio. Uma injeção na verdade.
Olha! Eu não sei o que ele pensou nem o que ele me aplicou.
Só sei que eu dormi... dormi... e dormi...
Poxa... Só queria certa agilidade pro alívio de minha coceira.
Não precisava me botar pra dormir!Médico exagerado...
Eu gosto! Na verdade, eu amo!
Já dizia Lulu Santos que "todo mundo espera alguma coisa de sábado à noite. Bem no fundo todo mundo quer zoar."
Eu como não sou diferente de ninguém, já tinha combinado de sair, apesar de estar lisa e dura.
Sábado tinha esfriado muito e minha mãe aproveitando, o frio, juntamente com minha vontade esquisita de cozinhar que tem me dado nesses últimos tempos (fiz dois bolos no sábado), juntamente com os inhames que meu pai tinha colhido no quintal, pediu para eu fazer uma sopa antes de sair.
Eu nunca fiz sopa de inhame na vida. Já comi várias, mas fazer que é bom, nada.
Mas, aproveitei meus dias de esquisitice, arregacei as mangas e lá fui eu, descascar os inhames.
Começo a descascar um, depois dois e minha mão começa a pinicar.
Paro um pouquinho, lavo a mão, começo a descascar novamente e minha mão insiste em pinicar.
Uma pinicada aqui, outra ali e já começa a me incomodar um pouco.
Eu pergunto pra minha mãe, que é bem mais experiente que eu em descascar inhame:
- Mãe, é normal inhame dar coceira?
Minha mãe, responde que sim, um pouco, então eu penso: Se é normal, ok! E me volto a descascar.
Só que dessa vez, mais rápido pra ver se acabo logo àquela tarefa um tanto... Pinicante!
Vou aumentando a velocidade gradativamente de acordo com a intensidade gradativa com que as pinicadas aumentam. E descasco três, quatro, cinco e de repente não consigo mais me concentrar na tarefa de tanto que pinica. Uma coceira incontrolável que além de me tirar do sério já me faz começar a chorar ao mesmo tempo em que começo esfregar as mãos umas contras as outras de uma forma totalmente irracional.
É quando meu pai corre em minha direção (meu pai, porque minha mãe tinha saído e me deixado sozinha com a perigosa tarefa de cozinhar) e meu pai observa que minhas mãos tinham dobrado de volume além de estarem totalmente púrpura!
Meu pai pensou rápido:
- Denise, some pra Santa Casa!
E eu, chorando (berrando na verdade), me coçando, ainda tento ligar pra avisar minha amiga que meu sábado inhamou, esta não atende e eu já totalmente descontrolada, pego minha bolsa, pulo na minha bike cecizinha, querida amiga de todas as horas e corro pra Santa Casa.
Chegando lá pergunto pro moço da recepção se tinha médico.
O dito cujo, totalmente desnaturado me responde que tinha mais ele estava atendendo uma emergência. É lógico que a coceira não me deixava pensar como é que podia ter uma emergência mais emergente do que a minha própria coceira. Então eu comecei a chorar compulsivamente e falar pro rapaz peloamordedeus me chama o médico que eu vou morrer!
O infeliz calmamente me pergunta do que eu ia morrer e eu gritamente respondo:
- DE ALERGIA A INHAME!
O infeliz fez menção de que ia começar a rir então eu muito rapidamente mostrei minhas mãos pra ele.
Nesse momento, ele arregalou os olhos pro tamanho da minha mão e começou a bater minha ficha, nem pediu meu documento (ainda bem, porque na confusão eu tinha esquecido) e já me mandou pra enfermaria.
O problema é que mesmo com a prontidão e a compaixão do atendente pela minha alergia, ele não podia mudar o fato de que só tinha um médico.
Então, continuei lá na enfermaria, chorando e esfregando minhas mãos freneticamente e...chorando!
Do nada, a coceira foi aliviando, a mão desinchou um pouco, dando lugar apenas a uns vermelhões e umas pinicadas aleatórias. Enfim...o médico desceu, perguntou o que tinha acontecido, eu mostrei minhas mãos, ele viu, olhou meus olhos inchados e me receitou um remédio. Uma injeção na verdade.
Olha! Eu não sei o que ele pensou nem o que ele me aplicou.
Só sei que eu dormi... dormi... e dormi...
Poxa... Só queria certa agilidade pro alívio de minha coceira.
Não precisava me botar pra dormir!Médico exagerado...