de estranho...
é tudo no agora
de estranho...
É pensar que o alívio da dor
é agora minha agonia
Que o causador do meu maior bem
é também meu mais cruel inimigo
E que estranho pensar...
Que vejo de dentro de mim
minha própria chama se apagar
E que não tenho nada a perder
mas mesmo assim me desespera
E tento me apegar aos restos de folhas secas no chão
querendo não me apegar
e me revolto de enxergar em meio a minha própria cegueira
que você está ao redor
admirando minha confusão por pura vaidade
e te vendo ao lado
me revolta acreditar que mesmo olhando
você vai deixar morrer o que há de melhor em mim
e que como alguém que se delícia com o desespero
ainda joga gravetos
sai de perto então
deixa a chuva e o vento que me incomodariam ontem
ser hoje meu amigo, meu consolo
deixa sozinha ouvir o fraco crepitar que resta
pelo menos me deixa o que me resta
a dignidade de terminar sozinha
Escrevo aqui sobre minha vida e sobre a vida que me envolve. Os fatos relatados nem sempre traduzem fielmente a realidade e as opiniões que expresso nem sempre são as minhas. Sou favorável que as pessoas pensem e gosto de fazê-las pensar, ainda que seja diferente de mim. Sintam-se a vontade para ler, comentar ou criticar. Bem vindos!
2 comentários :
Olá, belo poema e preocupantes momentos em que a vida "apronta" com a agente, eta menina mais complicada essa não? um abraço!
Olá Parabéns pelas palavras e espero que a poesia lhe seja uma doce companhia e não uma patroa malvada, um grande abraço!
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