Quem sou eu

Alguém que prefere usar as palavras à usar as pessoas.

segunda-feira, julho 31, 2006

Estranheza

de estranho...
é tudo no agora
de estranho...
É pensar que o alívio da dor
é agora minha agonia
Que o causador do meu maior bem
é também meu mais cruel inimigo
E que estranho pensar...
Que vejo de dentro de mim
minha própria chama se apagar
E que não tenho nada a perder
mas mesmo assim me desespera
E tento me apegar aos restos de folhas secas no chão
querendo não me apegar
e me revolto de enxergar em meio a minha própria cegueira
que você está ao redor
admirando minha confusão por pura vaidade
e te vendo ao lado
me revolta acreditar que mesmo olhando
você vai deixar morrer o que há de melhor em mim
e que como alguém que se delícia com o desespero
ainda joga gravetos
sai de perto então
deixa a chuva e o vento que me incomodariam ontem
ser hoje meu amigo, meu consolo
deixa sozinha ouvir o fraco crepitar que resta
pelo menos me deixa o que me resta
a dignidade de terminar sozinha

2 comentários :

Anônimo disse...

Olá, belo poema e preocupantes momentos em que a vida "apronta" com a agente, eta menina mais complicada essa não? um abraço!

Anônimo disse...

Olá Parabéns pelas palavras e espero que a poesia lhe seja uma doce companhia e não uma patroa malvada, um grande abraço!