Quem sou eu

Alguém que prefere usar as palavras à usar as pessoas.

terça-feira, setembro 26, 2006

Ainda sobre política

Dou todos os créditos deste post a minha amiguinha futura jornalista Palominha, com todos os inhas a que tiver direito. Na verdade este post é um ctrl+c/ctrl+v de um e-mail dela que eu achei interessante e super útil.
Eu já dei a minha fuçadinha no site. Traz o mínimo de informações que todos deveriam saber.

http://perfil.transparencia.org.br

Este site é independente, e visa informar os eleitores sobre o histórico parlamentar dos candidatos a alguma coisa este ano. Traz inclusive infos sobre as emendas apresentadas e/ou votadas por eles, se estão envolvidos em algum escândalo e/ou processo, traz a declaração de bens em valores, se contribui com alguma instituição, as receitas e despesas, as presenças e as faltas no trabalho...ou seja, é interessantíssimo!
Dá para consultar por Estado, por partido, ou por pessoa!
Divulguem, espalhem!!!
É um instrumento e tanto para nos ajudar a escolher nosso candidatos e evitarmos a isenção, q parece tão plausível nesses nossos tempos de crise! (eita clichê!)

segunda-feira, setembro 25, 2006

Por nossos olhos

Há alguns dias atrás, escrevi sobre a minha desconfiança com relação a mídia e a constante preocupação desta em “atacar” o atual governo.
Falei também do efeito contrário que esses ataques surtiram em mim.
Por acaso, ontem uma amiga me ofereceu uma revista para que eu desse uma lida chamada “Revista do Brasil”(setembro/2006).
Coincidências a parte, a revista falava da parcialidade da mídia para influenciar o leitor.
Na matéria “A mídia tem lado, sim” o jornalista Paulo Donizetti além de firmar que a mídia tem ressaltado as falhas do atual governo, também vem “transformando em novela, com todos os temperos dramáticos” episódios como a escolha do candidato do PSDB para disputar contra Lula a eleição para presidente da Republica (episódio Alckim/Serra), dentre outros fatos que colocam em evidência os opositores de Lula.
Mais do que isso, o jornalista também apresenta os números dessa persuasão disfarçada.
O Observatório Brasileiro de Mídia, elaborou um relatório parcial que mediu como os candidatos foram tratados pelos textos dos jornais de maiores circulação no período de 6 de julho a 25 de agosto. Segundo o estudo, o candidato Lula recebe tratamento positivo em 31,2% das oportunidades em que aparece nesses jornais, enquanto 47,41% das matérias tem abordagem negativa. Já o presidente Lula é citado de maneira negativa em 48,39% dos casos, ante 31,23% das menções positivas. Quando o personagem é Geraldo Alckmim as curvas se invertem: as citações positivas são 44,56% e as negativas, 31,42%.” Em se tratando de revistas a situação se agrava ainda mais. “Da última semana de julho até meados de agosto, o presidente Lula aparece de forma negativa em 60% dos textos e positiva em 20%. Alckmin tem 54,55% dos tratamentos positivos e 18,18% negativos.” Ainda na mesma matéria são apresentados os números absolutos que ficam tremendamente mais berrantes do que se visto da forma percentual, mas que não vou colocar para não me estender muito.
Quando eu expressei minha opinião abaixo, eu não tinha nenhum material que comprovasse o que eu estava dizendo, aliás, eu deixei bem claro que a minha mudança súbita de opinião tinha muito mais a ver com minha intuição feminina.
Mas para provar cientificamente que a intuição não é de toda desprezível, esta revista veio a calhar.
Ainda na mesma revista acabei descobrindo outros fatos relevantes para a formação da minha opinião com relação a outros candidatos.
Acabei descobrindo, a partir de uma entrevista com o ministro da educação Fernando Haddad para a mesma revista, que o ProUni nasceu de uma iniciativa de sua autoria e que este foi apresentado em 2003 ao então ministro da educação Cristóvão Buarque, que não se entusiasmou com a proposta. Em 2004, voltou à mesa de outro ministro Tarso Genro que comprou a idéia.
Com isso acabei enxergando que eu sou mais analfabeta política do que eu já previa.
Saindo um pouco do âmbito da revista e justificando o meu post político, explico que meu intuito aqui não é convencer ninguém a votar em ninguém. Mesmo porque até o último instante eu ainda pretendo olhar para essa debandada de promessas e jornais com uma visão extremamente crítica e não me envergonho se for necessário mudar duzentas vezes de idéia.
Ressalto ainda que a revista que eu citei é sindicalista o que a torna propensa a evidenciar o governo e criticar os demais.
Mas através desse humilde blog, eu queria chamar atenção dos poucos leitores a olharem mais além dos enunciados e chamadas dos jornais.
Buscarem, vasculharem, farejarem informações o quanto mais, de fontes mais diferentes e mais contraditórias possíveis e analisar tudo de uma forma realista e imparcial, para assim, terem a possibilidade de formar uma opinião mais sólida e consciente e não apenas baseada na mídia popular.
Não que assim iremos mudar o mundo.
Mas buscar informação, analisá-la e ter uma opinião, já é um bom começo.

sexta-feira, setembro 22, 2006

Fragâncias e Odores

Meu amigo está precisando de dinheiro e começou a vender uns perfumes que imitam a fragância de perfumes famosos. O preço é bem menor do que os originais e de acordo com a lábia do vendedor, só difere do original porque usa um pouco menos de fragância, mas é "coisa pouca".
Eu estava precisando de um perfume barato e pedi para ele deixar o mostruário.
Além do mostruário ele deixou um montinho de grãos de café para que eu cheirasse quando quisesse neutralizar o meu olfato.
Comecei o processo de escolha pelas fragâncias femininas. Tudo cheirava água com açúcar, até que depois de ocupar oitenta por cento do espaço do meu braço com fragâncias diferentes, tudo começou a cheirar banheiro.
Acreditei que estava na hora de fungar o tal café.
O café cheirava tão bem que eu senti vontade de comprar o próprio café para usar. Mas como isso não seria possível perguntei ao vendedor se algum dos perfumes se aproximaria disso.
Ele riu e eu não achei engraçado.
Por que todo mundo ri quando eu falo algo sério?
Ele disse que se eu gostava de fragâncias mais fortes desse uma olhada nas fragâncias masculinas. Aceitei o conselho e realmente nenhuma tinha cheiro de água com açúcar.
Só de macaco, gambá e afins.
Quando eu já estava quase desistindo eu gostei de um.
Imitação do Azzaro.
Fechei o pedido.
Antes de dormir funguei novamente o meu braço onde eu havia colocado o perfume para conferir e ele ainda estava lá.
Dois dias depois chegou minha encomenda.
Feliz da vida, o abri e esborrifei só pra ficar tendo o prazer de sentir o cheirinho.
E qual o quê quando eu senti o cheiro.
Fiquei cheirando casca de laranja espremida.
E quem disse que o cheiro desgruda?

sexta-feira, setembro 15, 2006

É eu sei
Sei que um dia disse sim
Mas não é não

Não me entenda mesmo
Apenas aceite

Sei que foi
Lindo
Rápido
Estranho

Quem disse que não se dão bem
A raposa e o coelho
O sã e o louco
O plebeu e a princesa

Só quem não nos viu

Mas não quero explicar pra ninguém
Que você tem tudo e nada pra me fazer feliz
Que você não serve pro mundo, mas serve pra mim

Eu quero apenas parar na partida

Não quero lutar
Quero ficar na torcida por quem ainda não perdeu a coragem
Vibrar com quem chegar na final

E tudo estará bem se o vencedor for você

Eu só não sei se quero estar lá com você

Por hoje é não

quinta-feira, setembro 14, 2006

Cantada do século

Eu.
Num ônibus, morrendo de sono, as 7:30 da manhã.

O que você faz da vida? mmmm deixa eu advinhar.
Bonita, com esses olhos lindos e esse cabelo preto...
Você é vendedora de loja!

quarta-feira, setembro 13, 2006

Burrice Artificial

Não acredito em horóscopos. Realmente não acho que a mãe fulana de tal ou o pai num sei o que, sabe o que vai acontecer hoje, amanhã e depois, de acordo com a posição da birimboca da parafuseta.
Mas existe um horoscópo que é inevitável ser lido. Ele se coloca diante de mim todos os dias pela manhã, sem ao menos perguntar se eu o quero ali. Um horoscópo diferente, que não é escrito por nenhum pai ou mãe, respeitados. Trata-se da famosa sorte do dia redigida diariamente pelo inteligentíssimo orkut.
Nem precisa dizer que não dou a devida atenção a ele. Mas devo admitir que acabo o lendo e quase sempre me ponho em risos com sandices como: "Você será uma pessoa viajada!" nos dias eu que estou afogada em dívida, ou ainda, naqueles dias que nem minha mãe me dirigiu um bom dia, um "você é uma pessoa muito querida em seu meio".
Mas hoje, realmente, o orkut superou todas as minhas expectativas.
Já algum tempo que eu aprendi, entre murros e pontapés, que o meu coração é a coisa mais burra que existe sobre a face da Terra. Descobri ainda que, se eu usasse pelo menos 10% da minha capacidade cerebral, vulgo "razão", há muito eu já estaria casada com um homem rico e bem sucedido que viajaria muito e me deixaria com bastante tempo pra curtir um amante que seria pobre, porém muito gostoso, com o qual eu gastaria o meu cartão de crédito sem limite, cujo marido rico pagaria a fatura sem reclamar e não bastasse, ainda teria quatro armários: um exclusivo de vestidos, outro de sapatos, um para os diversos e outro bem confortável para o amante.
Mas como se trata da minha pessoa, que não usa nem 0,000000099% da minha capacidade de pensar e usa 99,99% do burro coração diariamente, desde outrora e até atualmente, fui e continuo sendo uma funhenhada, sem marido (nem pobre nem rico), sem amante (nem gostoso nem ruim) e sem cartão de crédito, porque há muito já estourei o meu mirrado limite.
Pelo menos atualmente tenho consciência do problema e há algum tempinho venho ignorando qualquer impulso ou vontade deste órgão burro chamado coração.
Não fiquei rica (ainda), mas pelo menos tenho levado uma vida mais saudável, não tenho perdido preciosos minutos pensando em quem nem sabe que eu existo, e nem sendo usada por quem pensa que sou algum analgésico e só lembra de mim quando o calo da solidão aperta.
Resumindo: Tenho sido relativamente feliz!
Ontem à noite o meu infeliz coração começou a querer me enfiar em enrascada novamente e hoje vim no ônibus refletindo a situação. Concluí que está tudo muito bom do jeito que está e assim vai continuar estando.
Cheguei no trabalho, sentei ao computador, abri meu orkut e lá estava:
"O coração é mais sábio do que a razão"
Simplesmente... Esplêndido!

terça-feira, setembro 05, 2006

Amor ativo e amor passivo

Minha intenção hoje, não é dissertar sobre conceitos de amor.
Mesmo porque o meu conceito de amor é complexo e variável e constantemente passa por processos de aprimoramento.
Queria na verdade falar das diferentes faces que o amor representa para quem o sente e para quem o recebe.
Culturalmente, costuma-se dizer que o que vale é a intenção, que na minha opinião, tratando-se de amor, realmente a intenção vazia não vale absolutamente nada.
O que se aproveita de um amor que não sai da irrealidade?
Que só existe para quem o sente?
Relevo que não cito aqui nenhum amor específico. Estou comentando sobre o amor sentimento, seja na relação homem-mulher, pais-filhos, ou qualquer outra forma de relacionamento interpessoal, ainda que presente num ínfimo ato de caridade.
Mas retornando; O amor quando é apenas sentido, representa o desperdício de uma sublimidade. Quantas vezes por demonstrações de amor que haviam-se encubados mudou-se destinos, vidas e até histórias, ou sendo menos hollywoodiana, salvou-se dias, uma festa, ou apenas provocou-se um sorriso. Embora triste, a não demonstração de amor ainda não é tão preocupante quanto as formas desvirtuadas que existem de se demosntrar o amor.
Indo pelo raciocínio de que: “se não ajuda, não atrapalha”; a omissão do amor pode não realizar grandes obras, mas pelo menos não prejudica o sujeito passivo do amor (o ser/a pessoa amada).
Infelizmente há pessoas que seria melhor que não amasse. Que possuem uma forma totalmente errônea de demonstrar o que sente, talvez por uma própria incapacidade de lidar com o que sente.
Pessoas que se apossam e decidem controlar a vida de quem ama, que só demonstram atitudes egoístas e interessadas em seu próprio bem estar, que não sabem dar carinho, liberdade, ter respeito e tantas outras atitudes fundamentais em uma relação de amor. Estas pessoas acabam se frustrando e não raro julgam-se incompreendidas e vítimas da situação.
Quando raramente caem em si e reconhecem que fizeram tudo errado, justificam-se dizendo coisas como “pelo menos eu tentei” e a já citada “o que vale é a intenção”.
Não menosprezando a importância de se compreender as dificuldades alheias, é impossível cerrar os olhos diante das conseqüências deste tipo de atitude.
Pessoas que recebem esse “amor”, que às vezes assemelha-se mais ao ódio, numa grande maioria tornam-se traumatizadas, fecham-se para a vida e até mesmo deixam de acreditar em relações saudáveis. Mais grave ainda é quando a pessoa sofre ou participa dessa relação de amor disfuncional em sua infância, antes da formação de seu caráter e acabam tornando-se pessoas rudes, agressivas ou até mesmo violentas, justificando-se com “estou fazendo isso para o seu bem” ou “porque eu te amo” e multiplicando as más conseqüências em seu meio ou transmitindo-as para as novas gerações.
Agora; Como evitar que ao amarmos, não multipliquemos o que há de ruim que trazemos em nossa bagagem da vida?
Muitas pessoas já tocam nesta tecla. Quem já não ouviu conselhos como: “Faça para o outro o que gostaria que fizessem pra você”? Ou ainda textos e dissertações que reforçam a importância do dialogo, da compreensão do respeito e etc, em uma relação.
Não discordo desses tópicos, apesar de reconhecer que na prática é sempre um pouco mais difícil. Mas dar a devida atenção a estas pequenas dicas é uma boa forma de pelo menos tentarmos demonstrar nosso amor pelo outro de uma forma mais saudável, sem sermos omissos ou sufocarmos demais.
E tentar lembrar sempre que:
O amor para quem sente, é o que se sente;
Mas para quem o recebe, é o que se demonstra...