Quem sou eu

Alguém que prefere usar as palavras à usar as pessoas.

terça-feira, outubro 31, 2006

Diálogos Infames V

Meu chefe pedindo ligação pra Ana:
_ Liga pra cobra, por favor?
Telefonista:

_ Sim, já estou fazendo.

Dia seguinte:

Chefe:

_ Liga pra cobra, por favor?
Telefonista:

_ Já estou ligando...

No outro dia:

Chefe:

_ Liga pra Anaconda, por favor?
Telefonista:

_ A Ana foi promovida?

quarta-feira, outubro 25, 2006

O gentil fã de Ryan Adams

Todos temos amigos.
Bons, falsos, legais, amigos de festa, amigos de colo, amigos de sempre, amigos do passado, do presente, de todas as horas...
E ah! Como são bons os amigos.
Quem não guarda uma boa recordação que ficou no passado e quem não quem conservá-los eternamente.
Mas toda regra tem exceção.
Tem aqueles amigos que chegam através de outros amigos, sabe, e acabam virando amigo também.
Chegam de madrugada quando você menos espera. Ou melhor, quando você está atrasada porque vai dormir lá na conchichinha para poder fazer uma entrevista importantíssima. Chegam em silêncio, com cara de quietinho, trazido por aquela sua amiga que é muito de confiança.
Você bate os olhos nele e já percebe. É um homem de bem!
Amigo de amiga minha é meu amigo. Isso é indiscutível.
Esclarecendo um pouco as coisas. Sua amiga apareceu porque estava morrendo de saudades de você, e resolveu aparecer as vinte e duas horas de uma quarta-feira em sua casa querendo comer lanche.
Você agradece, abraça, mas avisa que está de saída e não tem como desmarcar, ressaltando que seu ônibus já esta de saída.
E aí o homem silencioso demonstra que é um grande homem.
Pra evitar que vocês duas percam essa grande oportunidade de matar a saudade comendo um gorduroso as vinte e duas da noite de uma quarta-feira, ele se predispõe a levá-la até o seu destino naquela madrugada, seja lá qual for o seu destino.
As duas mulheres se voltam para aquela imagem de homem perfeito e soltam um som que se assemelha a “ownnnnn” denunciando mais do que simples encantamento. Ele acabou de ser simplesmente apaixonante.
Vocês, vão, comem o lanche a três, fazem aquelas coisas que você só se sente a vontade para fazer quando está entre amigos. Suja o rosto com maionese, lambe os dedos, e aquele homem diz pra vocês o quanto vocês ficam sexy lambendo os dedos, deixando vocês cada vez mais bobas e apaixonadas.
É chegada a hora de vocês pegarem a estrada. Você, uma grandiosa mulher, se preocupa em perguntar ao grande homem se ele sabe o caminho. É obvio que ele responde sim. Um grande homem, além de inteligente, cavalheiro, bem informado, também é bem vivido e conhece os caminhos mais obscuros.
Você então nem se preocupa de ligar para quem a espera em seu destino final para se informar de estradas, dicas e afins.
No caminho, põe um som country e eu pergunto quem é. Ele responde Ryan Adams e começa a endeusar o cantor. Ignoro a imoralidade quase suprimida na letra que dizia discretamente “fuck me up” entre os “come pick me up”.
Discuto a três com relação ao melhor caminho a ser seguido. Garanto a eles que a Dutra não tem pedágio e os dois se engalfinham pra convencer-me e a ambos que a Trabalhadores também não tinha.
Como não sou orgulhosa deixo-os seguir pela Trabalhadores ao som de Ryan Adams.
Não demora muito e enxergo ao longe os faróis piscantes imponentes do pedágio que é pago em meio ao silêncio, típico dos derrotados moralmente. E como minha religião prega a humildade, evito o sorrisinho cínico típico dos sarcásticos.
Mais uns trinta minutos de estrada e começa uma garoinha que vai engrossando timidamente. A garoinha começa a engrossar até se tornar uma chuva. Não torrencial, mas suficiente para turvar a visão do motorista.
Mesmo com a visão prejudicada, percebo quando o gentil homem passa a ponte do Tatuapé deixando pra trás a entrada necessária.
Nessa hora pulo do banco de trás, enfio minha cabeça no vão dos bancos dianteiros e preocupada pergunto a esse se não passamos da entrada.
Esse calmamente responde que sim, mais que deve ter outra ali na frente.
Cabreira, volto meu corpo ao banco de trás e olho o relógio que aponta meia noite.
Minha mente exclama “Meu Deus!” mas minha boca mantém o silêncio e meu corpo tenta não denunciar a tensão.
Mais quinze minutos andando em linha reta, sem sair da estrada, ligo a cobrar para a casa da minha amiga que está me aguardando, alegando que é para tranqüilizá-la, quando na verdade é para tranqüilizar a mim mesma.
Falo que estou na estrada e estou um pouco, hã, éééé, coff coff, perdida!
Ela pergunta onde estamos, eu pergunto ao motorista se ele sabe onde estamos, ele me responde um sim, mas não relata onde. Mudo a pergunta para ver se ele entende e pergunto: Mas aqui é onde? E ele responde novamente. Eu sei onde estamos! Só que dessa vez mais tenso.
Desligo o celular sem receber nenhuma ajuda específica e o meu amigo encontra uma saída. Ufa, que bom! Vamos parar de ficar andando perdidos em linha reta.
E dez minutos mais tarde eu afirmo que eu estava certa. Agora estávamos andando perdidos em círculos.
Triste mais real. Ficamos circulando, circulando. O cheese-salada começava a praticar contorcionismo em meu estômago, o suor começava a escorrer, a chuva não dava trégua, já beirava a uma hora e a calma do homem gentil estava me enlouquecendo.
Comecei a mostrar quem eu era. Fiz o parar no primeiro posto e pedir informações.
Muito a contra-gosto ele parou o carro, admitiu que estava perdido (aleluia!) e pediu informação.
Eu me lembro de cór da informação.
O senhor pega essa primeira aqui sabe, a direita, depois o senhor vai pegar a segunda a direita e por ultimo a primeira a direita de novo e vocês vão cair na marginal pra pegar a ponte do Tatuapé (aquela que nós tínhamos passado...)
Aí, eu perguntei já mais calma se ele havia entendido e este respondeu seguramente que sim, virou a chave do contato, engatou a primeira, acelerou o carro e... passou da entrada!
Surtei!
Surtei!
Surtei!
Não tinha mais admiração nenhuma por aquele homem. Nada de apaixonante, nada de cavalheiro, nada de bom, nada de nada.
Liguei novamente para minha amiga aos berros, tentava obrigar o dito cujo falar com ela no celular. Do outro lado minha amiga também aos berros tentava entender onde nós estávamos que ainda não havíamos chego. A minha outra amiga que tinha me enfiado naquela enrascada tentava inutilmente acalmar os ânimos de todos e eu quase surto com ela também. Como o dito cujo insistia em recusar de pegar o celular eu comecei a relatar pelo celular tudo que estava ao redor numa tentativa de ela me localizar. Graças a Deus ela localizou e eu fui ordenando bravamente conforme ela me instruía.
Entra ali!
Vira aqui!
Contorna aqui!
Sobe aqui!
Desce lá!
E foi assim que consegui chegar na casa da minha amiga as duas e meia da madrugada, cansada, com o cheese-salada desejando abandonar meu corpo por cima e por baixo simultaneamente, surtada, com previsão de acordar as cinco da nova madrugada para fazer a minha bendita entrevista.
Desejei boa volta aos meus amigos, sem me esquecer é claro, de desligar o celular (:-D).
Se bem que nenhuma vingança seria a altura da decepção que eu tinha tido naquela noite.
Hoje em dia quando eu conheço um homem gentil (raramente), eu sempre tenho o cuidado de perguntar.
Você curte Ryan Adams?

sexta-feira, outubro 20, 2006

porque ele, se ele é tão menino?

e o que me ocorre?

quando parado me olha,
quando me olhando
meu corpo percorre
e em meus olhos parando
minha alma envolve...

será ele mesmo tão menino?

terça-feira, outubro 17, 2006

Sociedade Alternativa

Quem não tem percebido que atualmente há cada vez mais pessoas decepcionadas adotando uma postura de neutralidade diante da realidade? Todo mundo sabe que o Brasil ainda é politicamente infantil e que anda amadurecendo, assim como nós pobres mortais, com as quedas e pedradas da vida.
Perdoem-me se o texto que segue soa como aqueles textos de escritores decadentes falando de história, mas infelizmente, a história faz parte do contexto.
Quando aqueles malucos ativistas conquistaram o direito à eleição, com as diretas já e blábláblá que vocês já estão fartos de saber, as pessoas acharam que a utopia de um mundo melhor enfim se tornaria realidade.
De lá pra cá o Brasil foi caminhando sob a direção da direita e os nossos ativistas sonhadores, bem como todo o povo foi se frustrando. Toda nova eleição uma nova esperança e sempre o final de uma gestão outra frustração.
Depois de tantas tentativas o povo, antes sonhador, estava saturado de tanta decepção e acabaram vendo na esquerda, antes menosprezada, a última esperança.
E que esperança!
Como o novo Cristo, acharam que ele redimiria o mundo das injustiças, desigualdades sociais, da ignorância, miséria e todos os males que assolam este humilde Brasil.
Mas a decepção foi do tamanho da esperança.
Ninguém viu diferença nenhuma no Brasil de ontem nem no de hoje.
E agora o Brasil está desesperançado.
Por um lado os defensores da esquerda se apegam a estatísticas e números pra cego ver, e tentam convencer que este governo foi bom, senão o melhor. Por outro lado, os defensores da direita tentam provar o contrário sobressaltando os erros e as falhas da última gestão. Dizem ainda que a esquerda já teve sua chance. Mas o povo sabe que todos já tiveram chances e todos fizeram igual. Desperdiçaram-na.
Diante dessa realidade, diversos partidos optaram por não fazer alianças, não apoiar nenhum lado nem outro. Diversas pessoas, que antes lutavam e sonhavam com um mundo melhor, agora preferem assinalar um apolítico por onde vão.
As pessoas estão cada vez mais apartidárias, apolíticas, atudo que tem direito.
E isso é ruim?
A meu ver não.
Já está mais que provado que o sistema político é muito complexo, muito caro e muito ineficiente. Eu nunca parei pra contar (mesmo porque eu odeio matemática) mas fico curiosa pra saber o total de políticos que são necessários.
O ministério público deve ter feito a conta, tanto que em 2004 comprou uma baita briga para reduzir o legislativo nas cidades. Mas mesmo sem parar pra contar eu imagino que se somar o número de vereadores, prefeitos, deputados estaduais, federais, governadores, senadores, e afins, somar o salário de todos eles, resultará em um numero estrondoso, que não duvide se eu disser que daria pra mudar o nosso pobre Brasil.
Mas essa é a minha utopia particular!
Sei que isso não vai acabar nem hoje nem amanhã, nem com Lula, nem com Alckimim, nem com fdp nenhum que suba lá em cima, então pra mim tanto faz.
E é por isso, só por isso, que eu queria ter dinheiro suficiente pra comprar uma propriedade enorme e ir viver nela, gerir uma nova constituição que fosse usada dentro dela onde fosse proibido, coisas como a palavra política, o uso de roupas quando a temperatura estivesse elevada, onde não existissem supermercados, apenas sementes para plantar e colher. E que cada família tivesse sua cabaninha onde resolvesse os seus problemas particulares sozinhos sem recorrer à opinião dos outros e a preconceitos sociais.
Convidaria todos os meus amigos para viverem lá e serem adeptos a essa nova sociedade alternativa, onde para ser feliz, não precisasse recorrer a alucinógenos nem barbitúricos, apenas ter vontade.
Não uma sociedade de pessoas rebeldes tentando provar pro mundo que o mundo não presta, apenas uma sociedade de pessoas, ali, naquele espaço, vivendo juntas e sendo felizes.Simples assim...

segunda-feira, outubro 16, 2006

Preços

Presente de aniversário pra sua amiga. R$ 50,00
Vip para o aniversário da amiga (na lista) R$1,00
1 espanhola e 5 sminorff ice R$ 48,00
acordar, ir pra casa da amiga, entrar no orkut e descobrir que sua rival é tudo de feia.

Não tem preço!

quinta-feira, outubro 05, 2006

Dias normais

Acordara na hora para o trabalho.
Deveria isso ser o normal, mas não era.
Saiu a tempo e caminhando tranquilamente. Nenhum tropeção, nenhum salto enfiado nos entremeios dos paralelepípedos, nenhum lapso, nenhuma recomendação para se acordar mais cedo da vizinha intrometida.
Sentou no veículo bocejante. Não que estivesse com sono, apenas a boca que se abria pelo velho hábito prazeroso de bocejar e olhou ao redor sem se ater a qualquer daquelas pessoas que seguiam para o mesmo lugar diariamente. Largou-se no banco, cabeça a trepidar junto a janela, olhos fechados, mente vagueando sem maiores finalidades.
Lembrou de outras manhãs, dos dias que acordava atrasada e despenteada, do motorista parando o ônibus para esperá-la enquanto corria tropeçando em sua própria calça e atrasando o horário de todo mundo e sentiu-se especial.
Esboçou um sorriso de canto, desses que intrigam quem está ao redor e instiga questionamentos curiosos como o "o que será que ela está pensando?".
Lembrou da companhia antes certa da sua amiga e dos segredos partilhados as sete da matina naquele ônibus abarrotado de gente, o que tornava os segredos mais inescrupulosos totalmente públicos e sentiu que no fundo era proposital. Que era um afago ao ego ver a expressão de espanto dos moralistas que abriam a boca a cada capítulo chocante, mas faziam questão de manter o silêncio e não poucas vezes caiam na gargalhada denunciando a própria fraqueza de ouvir o diálogo alheio.
Alguém aperta a campainha pedindo parada e trazendo-a de volta a realidade.
Percebe a realidade vazia e não consegue pensar mais em nada. Agora são apenas os olhos que perambulam entre o trânsito confuso, o stress do motorista que se esforça para não amassar o motoqueiro que vai a frente e as pessoas que se atropelam como se competissem para chegar antes à porta.
Ficou um tempo ainda curtindo aquela música aleatória, por sinal, ensurdecedora.
Era só o começo de um dia normal.
Esses dias que não somam nada, que não serão lembrados nem daqui a uma semana, tão pouco daqui a uns quinze anos.
E mais do que a saudade dos outros dias, voltou a pensar, como eram fúteis aqueles dias...

quarta-feira, outubro 04, 2006

Trechos

...O amor não possui nem é possuído, portanto o amor não prende, ele liberta... E se amando inevitavelmente se sentir desejos, qual como um rio que corre para o leito por desejar alcançar o mar, que se ame com o amor verdadeiro e profundo, rápido, forte e intenso, para que não sobre pedras, arbustos, nem nada que possa depois obstruir ou prejudicar o percurso da vida, e para que o curso natural produza o mesmo som que acalenta quem se aproxima do leito quando no desespero, apenas para chorar...

- escrito, um dia, para alguém -
*e confome eu previ e desejei, dessa vez, não fiquei devendo nada...

terça-feira, outubro 03, 2006

Só alegria

Esse novo mandato será só festa na política brasileira!
Vai ter Boy, Maluf, Collor... Com direito a forró do Frank Aguiar... E Clodovil! Pra dar pra todo mundo...

Diálogos Infames IV

Eu pra um amigo:
_ To cuma vontaaaaaaaade de tomar açaí...
Você gosta de açaí?

Amigo:
_ Nunca tomei na minha vida!

Eu:
_ Jesus! O que você anda fazendo que nunca tomou açaí?

Amigo:
_ Ah! Outras coisas, mas nada contra tomar açaí.

Eu:
_ Então decidido. Vamos matar minha vontade e te apresento o açaí.

... Eu e meu amigo vamos conversando, zuando, rindo, e passamos em frente aquele lugarzinho onde eu comi
yakissoba com cenoura azeda e ele me pergunta se eu gosto de yakissoba. Eu respondo que sim, porém não gosto do lugar e começo a contar a história da cenoura até que a chegamos ao lugar que vende açaí.

Eu olho para o vendedor e falo:
_ Quanto sai a yakissoba?

segunda-feira, outubro 02, 2006

Elizabethtown

(fase racional)

Alguém, fora eu, já passou por uma fase onde nenhum sentimento importa?
Não por estar insensível ao mundo, mas simplesmente por se estar pensando.
Uma fase que não nos traz frustrações nem sonhos, nem perdas nem vitórias, nada de ódio e nada de amor, uma fase pura e simplesmente racional onde todos os riscos são sempre analisados por antecipação e nunca enfrentados por decisão própria.
Eu estou nessa fase.
Junto a isso, nesse momento da minha vida, eu vi todos os meus problemas de amores e histórias mal resolvidas tornarem-se resolvidas, o que é de fato ótimo.
Porém um mal sempre traz um bem e um bem sempre gera um mal. É o tal do equilíbrio. Nesse caso a solução de todos meus problemas sentimentais deu espaço ao tédio e além do vazio atual eu nem tenho nada saudosista que compense ficar relembrando. Mais do que isso, eu não tenho nada para relembrar.
Também não tenho nenhuma aspiração a alguém inatingível para se tornar atingível no futuro e não estou praticando o verbo que eu e a Paloma criamos: O de “kamikazear”.
Para quem não sabe Kamikazear é a arte de ser kamikaze. Mesmo quando sabemos que estamos indo direto para a morte, nós vamos e vamos felizes. Graças a Deus no sentido figurado e é claro, no sentido amoroso da coisa.
Um dos motivos que geraram esse meu momento racional foi o meu cansaço. Mais especificamente o cansaço do meu coração. E eu junto a ele, de acordo com minha amiga, me tornei essa pessoa cruel e insensível que quando vê alguém kamikazeando e protagonizando cenas melodramáticas acabo dizendo frases de consolo do tipo:
Não se preocupe, você sobrevive!
Não sou capaz de sentir pena de ninguém que chora ou sofre por amor e não estou com a menor paciência para essas coisas.
Pensando nessa eu atual, eu nem consigo me lembrar daquela Denise que eu era nem das coisas que eu idealizava. Também não consigo acreditar nas minhas próprias verdades.
A única coisa que eu tenho pedido para Deus (que é minha única verdade absoluta) é paciência. Paciência para eu agüentar as pessoas ao meu redor nesse momento, e para estas me agüentarem também (visto que nem eu estou me suportando).
Não que eu queira voltar a ser quem eu era. Quero apenas encontrar o equilíbrio entre a razão e o sentimento e as vezes não vejo caminho para isso.
Mas quando assisto filmes como Elizabethtown e me identifico com alguns personagens, quando me emociono com a viúva incompreendida que de início parece insensível ao esposo que acaba de falecer e na verdade, estava simplesmente tentando entender como seria a vida sem a pessoa que ela mais amava, quando empatizo com o filho que se dá conta de que não terá como recuperar o tempo que ele não viveu ao lado do seu pai e quando eu me dou conta de que assistindo um simples filme, eu chorei do início ao fim, percebo que ainda há uma esperança.
Que mesmo momentaneamente insensível ainda existe uma ínfima essência daquela velha Denise. E que mesmo cansado o meu coração ainda vive.
Ou...
sobrevive.